A Comissão dos Assuntos Europeus da Assembleia da República convidou a CPPME para intervir na Audição Pública sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (BREXIT).
A
Confederação fez-se representar pelo seu Presidente Jorge Pisco e pelo
Vice-Presidente José Ligeiro. Da intervenção do Presidente da CPPME que pode
ser consultada na íntegra aqui, extraímos a seguinte passagem:
«Haverá certamente impactos negativos com o Brexit, mas com o que se vai escrevendo e dizendo, destilando receios e catastrofismo, até parece que a Inglaterra e Portugal só têm relações comerciais e diplomáticas há 3 décadas, aquando da adesão do nosso país à CEE/EU.
O Instituto Nacional de Estatística (INE), a propósito do Brexit, assinala que apesar de ter vindo a perder peso relativo no comércio com Portugal desde a adesão à Comunidade Económica Europeia, o Reino Unido continuou ao longo dos anos a ser um parceiro comercial relevante.
Agora há quem afirme que com o Brexit, os dados podem alterar-se.
Segundo dados do INE, em 2016, de entre as 46.364 empresas exportadoras de bens, somente 2.758 o fizeram para o Reino Unido. Destas, apenas 32 (1,2%) exportaram exclusivamente para o Reino Unido, tendo sido responsáveis por 1,2% do valor exportado, enquanto 8,2% dessas empresas, ou seja 227, registaram uma concentração das suas exportações superior a 50% nesse mercado correspondente a 15,7% do valor exportado.
Verifica-se assim não ser expressivo o numero de empresas que registam uma dependência grande do Reino Unido, concentrando naquele mercado uma percentagem significativa das suas exportações.»
Ler intervenção, texto integral
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