Enquadramento do evento
Num texto anterior assumimos o compromisso de, nesta página, vir a realizar um balanço das
conclusões que pudéssemos considerar como ensinamentos, perspectivas ou
alertas úteis para as micro. pequenas e médias empresas, bem como vir a divulgar estudos e teses
sobre o empreendedorismo.
Esta é uma primeira abordagem, e ela resulta das conclusões da reunião realizada hoje pelos elementos da Comissão Instaladora do Núcleo de Oeiras da CPPME que estiveram presentes nas jornadas cientificas e técnicas da 5ª Ciem 2015, nos dias 15 e 16 do corrente mês , no Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras.
Para a organização do evento se mobilizaram várias organizações, nomeadamente a Incubcenter, a Empreend, a AISTI - Associação Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação, a Junta da União das Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias e a Câmara Municipal de Oeiras. A 5ª Ciem contou com inúmeros patrocínios, designadamente da MERC.
Apreciação global
A CPPME Oeiras considerou serem de muito bom nível a generalidade das comunicações e trabalhos, bem como dos conferencistas que os apresentaram. Considerou-se, também, que o contributo de conferencistas oriundos de Espanha, México, Brasil e Colômbia dão-lhe uma dimensão internacional relevante. Julgamos que, em futuras iniciativas, se deverá envolver mais o tecido empresarial e até mesmo as comunidades locais, as quais terão passado ao lado do evento.
Pontos relevantes a destacar
Centrando-nos num dos objectivos da conferência (
Disseminar o Empreendedorismo como vetor de crescimento económico), relevámos os seguintes pontos:
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Mesa que presidiu à abertura da 5ª Ciem |
- Na sua intervenção de abertura, Carlos Morgado, Vice-Presidente da CMO, sublinharia a importância de, em iniciativas futuras, se passar a fazer referência ao empreendedorismo público, nomeadamente ao de iniciativa do Poder Local, dando como exemplo o trabalho da autarquia com a marca "
Vinho Carcavelos - Conde de Oeiras"
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Delegação da CPPME à 5ª Ciem |
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Mesa Redonda: Empreendedorismo e Financiamento |
- No decurso das sessões foi evidente o importante papel que, no processo de empreendedorismo, compete às "incubadoras de empresas". Contudo, pareceu evidente que, nomeadamente às de iniciativa privada, não existem em muitos domínios o necessário apoio por parte das instituições. Instado sobre esta questão, o Presidente do IAPMEI reconheceria que tais apoios, quando solicitados, não são sequer avaliados por uma estrutura que tenha essa função. Naquele Instituto, qualquer necessidade nesse domínio é apreciada por equipas designadas ad-hoc.
- "A Problemática do Ecossistema Empreendedor - O Caso do Concelho de Lagos", trabalho apresentado por Henrique Graça e Adão Flores (Universidade do Algarve) foi considerado exemplar de como um território "deprimido" gera um ambiente desfavorável para se encarar o risco de empreender. A metodologia seguida nesta análise poderia ser replicada em outros concelhos, nomeadamente no de Oeiras.
- As questões do financiamento e as dificuldades de acesso ao crédito (referidas pelo Vice-Presidente da CIP) animaram o que terá sido o painel mais interessante do 2º dia desta Ciem. À pouca amigabilidade da banca comercial respondem testemunhos de bom-senso. Pedro Becken Filipe: "já vou no segundo projecto e ainda não recorri ao crédito". No meio das intervenções registe-se o alerta de Pedro Pires (PPL): "o financiamento colaborativo (crowfunding) pode resolver alguns problemas". Investigaremos esta pista.
(continua)