O sector dos serviços (1) deve considerar-se
como um sector propulsor do desenvolvimento económico do País, que nos últimos
anos ajudou a aumentar a competitividade e gerou milhares de postos de trabalho
(altamente qualificados) e acelerou o progresso tecnológico.
Toda a sociedade necessita de usar vários
tipos de serviços, sejam eles produtivos (contabilidade, seguros, serviços
bancários, jurídicos, corretagem, comunicação e imagem), de distribuição de
bens (comércio, transporte e armazenagem), sociais (educação, saúde e lazer) e
pessoais (restaurantes, hotelaria, salões de beleza), entre muitos outros.
A importância do sector terciário, onde se
inserem as actividades económicas de prestação de serviços, tem ganho cada vez
maior relevância.
É de sublinhar a tendência crescente de
terciarização da economia portuguesa, à semelhança do que verifica nos outros
países europeus.
Neste sector de actividade são os micros e os
pequenos empresários que predominam e que empregam centenas de milhares de
pessoas.
O sector de serviços teve um grande
incremento nas últimas décadas, tendo chegado a representar cerca de 2/3 do PIB
e do emprego nacional. Entre 1991 e 2001 estes serviços, comparativamente com
outros sectores, registaram das mais altas taxas de crescimento, cresceram a
uma taxa anual de 2,7%.
Segundo os quadros do INE, o número total de
empresas no sector de serviços a nível nacional, em 2010, era de 64.596,
correspondendo 22,1 % a empregos e com um volume de negócios de 31.748.963,
sendo a distribuição do volume de negócios de 10,1 %.
A média anual (2010) de pessoas em Portugal,
no sector de serviços é de 566.656, ou seja 22,6 %, do emprego total.
Em termos de localização geográfica das
empresas do sector de serviços, temos: Lisboa com 131 696 empresas (31,6%);
Norte com 130 032 empresas (31,2%) e Centro com 91 223 empresas (21,9%).
Com o acentuar da crise económica e
financeira do País, que se tem vindo a agravar nos últimos anos e que terá
tendência para continuar a agravar-se, dado não existirem, por parte do
Governo, políticas claras e efectivas que invertam este caminho, designadamente
no domínio do investimento (público e privado) as micro, pequenas e médias
empresas da área dos serviços estão a enfrentar os mesmo problemas e
constrangimentos da maioria das outras MPME. As dificuldades e encerramento das
PME dos sectores primário e secundário, a desindustrialização, restringe o
mercado das empresas de prestação de serviços.
Neste
momento são preocupações do sector:
a) A diminuição da procura dos prestadores de serviços, em resultado da conjuntura de depressão económica;b) A posição competitiva das micro e pequenas empresas face à concorrência;c) As repercussões das variações dos custos nos preços praticados (custos dos serviços, dos transportes, alterações das condições negociais, etc.)d) As alterações no perfil da oferta do sector, alterações no funcionamento interno das empresas, etc;c) A atitude das empresas face aos clientes (campanhas promocionais, assistência pós-venda, marketing, etc.).
A
situação actual exige um conjunto de medidas, como sejam:
1. A promoção e reconhecimento do papel das empresas de serviços na economia nacional;2. A criação de financiamentos bancários, a juros compatíveis, onde a Caixa Geral de Depósitos (CGD), banca pública, tenha um papel determinante.3. O reforço das linhas de financiamento para as MPME, no âmbito do Portugal 2020;4. Novas iniciativas e programas de formação e qualificação dos recursos humanos;5. Investir em novos conceitos na prestação de serviços;6. Adoptar medidas que garantam a celeridade e a eficácia da aplicação das regras de concorrência e que assegurem a independências das entidades reguladoras.(1) – De acordo com a classificação utilizada pelo INE, o sector de serviços integra os seguintes subsectores: comércio por grosso e retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico; Alojamento e restauração; Transportes, armazenagem e comunicações; actividades financeiras; Actividades imobiliárias, de aluguer e serviços prestados às empresas; Administração pública, defesa e segurança social obrigatória; Educação; Saúde e acção social; Actividades de serviços colectivos e pessoais; outros serviços.
Sectores em crise:
·
Farmácias
·
Automóvel
·
Contabilistas
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Panificadoras
·
Gabinetes
de Projecto – Arquitectura e Engenharia
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Publicidade
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Colégios
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Clínicas
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