sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Assembleia da República aprovou ontem, o "Programa de desburocratização e apoio às micro, pequenas e médias empresas"


Foi ontem aprovado na Assembleia da República o Projeto de Resolução 829/XIII * cujo texto integral pode ser lido aqui e do qual a CPPME destaca:
«A Assembleia da República, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomenda ao Governo a concretização de um programa de desburocratização e apoio às micro, pequenas e médias empresas, que determine:
a) A criação de um regime de conta-corrente entre as micro, pequenas e médias empresas (MPME) e o Estado que alivie a tesouraria das empresas e que, no caso de serem detentoras de crédito sobre o Estado, permita o acerto das suas obrigações tributárias;
b) A adoção de medidas para que as linhas de crédito para as MPME anunciadas pelo Governo (Linha “Micro e Pequenas Empresas”; Linha “Fundo de maneio”; Linha “Plafond de tesouraria”; Linha “Investimento geral”; Linha “Investimento de projetos 2020”) sejam concretizadas com o acompanhamento do IAPMEI em articulação com o IFP, quer na resolução de possíveis obstáculos à sua contratualização pelas empresas quer no controlo das condições, prazos e juros exigidos pela agências de crédito, que devem traduzir de forma efetiva o volume de fundos públicos disponibilizados para a sua bonificação;
c) A adequação do Quadro Comunitário Portugal 2020, no âmbito da sua reprogramação, considerando programas específicos, com plafonds próprios e exclusivos, para as micro e pequenas empresas;
d) A definição de um programa de valorização das MPME, estabelecendo a sua prioridade, no âmbito da contratação pública e funcionamento das Centrais de Compra do Estado;
e) A urgente concretização do anunciado Cheque MPME, obrigando à determinação dos impactos e custos (fiscais, administrativos, de mercados, etc.) em todos os processos legislativos e normativos dos poderes públicos;
f) A intervenção junto do sector financeiro, junto do Banco de Portugal e por intermédio do banco público, Caixa Geral de Depósitos, no sentido do estudo e promoção de uma substancial redução dos encargos das MPME com comissões, despesas de manutenção e outros custos administrativos aplicados pela banca comercial;
g) A criação no âmbito do IAPMEI de um Serviço de Apoio aos Micro e Pequenos Empresários, estrutura dedicada com o objetivo de resolver, orientar e sistematizar dificuldades, estrangulamentos e problemas das micro e pequenas empresas na sua relação com serviços da Administração Central, nomeadamente no acesso a programas públicos para o sector;
h) A criação no âmbito dos programas da Administração Central para a promoção da eficiência energética de um programa específico e de apoios majorados para as MPME, em simultâneo com o desenvolvimento pelo IAPMEI, DGEG e ADENE de um balcão próprio para a sua concretização.»
* 2017-12-21 |  Votação Deliberação
 
  • Votação na Reunião Plenária n.º 30, Ponto a) Aprovado por unanimidade
  • Votação na Reunião Plenária n.º 30, Pontos d), e), f), Aprovado   
    A Favor: PS, BE, PCP, PEV
    Abstenção: PSD, CDS-PP, PAN
     
  • Votação na Reunião Plenária n.º 30, Restantes pontos, Aprovado
    A Favor: PSD, PS, BE, PCP, PEV, PAN
    Abstenção: CDS-PP

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

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"Christmas Networking" - Uma iniciativa da IncubCenter

No passado dia 15 de Dezembro, a IncubCenter convidou os seus clientes - empresas com sede ou domiciliadas naquela incubadora de empresas - para um  "Christmas Networking" tendo acedido ao convite cerca de duas dezenas de empresários. 

A sessão foi aberta com a intervenção da Drª. Paula Saraiva, em representação do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Dr. Isaltino Morais, que anunciou, além das decisões recentes da Câmara (já divulgadas nesta nossa página) estarem em curso várias medidas que virão a ter impacto muito relevante para os empreendedores e para os micro, pequenos e médios empresários, designadamente pela redinamização da OeirasInvest e, também, pela criação de uma estrutura na CMO vocacionada para o contacto com os agentes económicos e para a simplificação dos processos de licenciamento.

A sessão teve, depois, a participação de vários oradores, que desenvolveram temas diversos: "Empresas, Empresários e Enquadramento Jurídico Tributário", pelo Dr. Nelson Miguel Pereira; "Sistemas de Incentivos em Portugal: Portugal 2020, benefícios fiscais, programa SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial), Apoios do IEFP, pelo Eng. Francisco Martins; "Novo Regulamento de Proteção de Dados"  Eng. José Guedes.

Em representação da CPPME, Confederação Portuguesa dos Micro, Pequenos e Médios Empresários, Nuno Paulo Santos desenvolveu o tema: "As PME e o Associativismo Empresarial".

Na sua intervenção, depois de situar a importância das MPME na economia, Paulo Santos colocou em evidência os fatores de competitividade que, sendo condicionantes externas e não dependentes da capacidade de gestão, lhes limitam os resultados e constrangem as estratégias e a expansão dos negócios. Concluiria, nessa colocação, que com o reforço do associativismo será possível de alguma forma influenciar, o que chamaria "fatores estáticos" de competitividade, como por exemplo: Fiscalidade; Legislação; Custos energéticos; Acessibilidades; Custos de comunicação; Acesso ao crédito bancário; Custo do crédito bancário; e ainda os contextos ambientais, educacionais, sociais e económicos, culturais.

Evidenciaria que o empresário, isolado ou integrado numa associação que representa sectorial ou regionalmente todas as empresas, independentemente da sua dimensão, tenderá a alienar os interesses dos micro, pequenos e , grande parte dos médios empresários.

Daria de seguida o exemplo da composição do recém criado COMITÉ ESTRATÉGICO PARA A INICIATIVA INDÚSTRIA 4.0 para de seguida questionar se poderão esperar os micro e pequenos empresários perspetivar algumas vantagens competitivas de tão importante iniciativa.

No decurso do debate, o coordenador do Núcleo de Oeiras da CPPME, daria
nota do resultado do inquérito realizado em Oeiras e que dá, do associativismo local, uma ideia de que há muito trabalho a realizar no sentido do seu reforço.

No fim da sessão, a IncbCenter ofereceu um pequeno Buffet de Natal, proporcionando o convívio entre os empresários presentes.
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Ver apresentação "As PME e o Associativismo Empresarial"
Ver texto sobre "Iniciativa Indústria 4.0

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Debate - A situação do sector da pesca (um importante testemunho)

No passado dia 30 de Novembro, a CPPME conjuntamente com a APERSA e ACISBM, realizou um Colóquio seguido de debate sobre o Orçamento de Estado para 2018, como aqui foi dado conta.

Durante o debate, Ricardo Santos, Presidente da SESIBAL (Cooperativa da Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines), fez um importante testemunho da situação do sector das pescas. Da sua intervenção seguem-se extratos - ver vídeo abaixo 

"O Orçamento de Estado para 2018 fica aquém das necessidades dos Micro, Pequenos e Médios Empresários (MPME) e da economia nacional, dado que a previsão diminuta do investimento público e privado, as medidas de redução da brutal carga fiscal e outras medidas que se impunham na actual conjuntura, não respondem ao que se esperava, nem tão pouco às necessidades do País"

A CPPME reunida em Assembleia-Geral, no dia 13 de Dezembro de 2017, na sua Sede Nacional, no Seixal, aprovou o Plano de Actividades e o Orçamento para o ano de 2018.

A Assembleia-Geral da CPPME analisou ainda o Orçamento de Estado para 2018 (OE/2018) e suas consequências para as Micro, Pequenas e Médias Empresas(MPME), tendo concluindo o seguinte:
1. O OE/2018 fica aquém das necessidades dos MPME e da economia nacional, dado que a previsão deminuta do investimento público e privado, as medidas de redução da brutal carga fiscal e outras medidas que se impunham na actual conjuntura, não respondem ao que se esperava nem tão pouco às necessidades do País.
2. A CPPME não esquece que no ano que agora termina (2017) foram conseguidas algumas vitórias para as MPME como sejam a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC) e a sua extinção, a partir de 1 de Janeiro de 2019 (cerca de um milhão de empresas abrangidas), assim como, a redução do IVA da Restauração de 23 para 13%, no produtos confeccionados (cerca de 75.725 empresas abrangidas). Nesta linha era sua legítima expectativa, que para o ano de 2018 o Governo prosseguisse medidas que permitissem desenvolver a economia e dar mais sustentabilidade às MPME.   
3. Das escassas medidas aprovadas, com incidência directa nas MPME, refere-se: i) A criação de um mecanismo de acerto de contas entre o Estado e as Empresas (IVA e IRC) que, embora ainda limitado, vai ao encontro de uma reivindicação antiga das MPME; ii) O alargamento da isenção às MPME da obrigação de recorrer ao Revisor Oficial de Contas (ROC), aumentando o valor do volume de negócios a partir do qual é exigida a revisão legal de contas para 3 milhões de euros. Reduzindo desta forma os custos administrativos que muitas Pequenas Empresas enfrentam na recuperação do IVA; iii) A redução do IVA de instrumentos musicais de 23 para 13%.
4. Por outro lado, para a CPPME, não é indiferente um conjunto de outras medidas de reposição do poder de compra dos portugueses que, embora tímidas, em muito contribuirão para a melhoria da sustentabildiade das MPME, já que a esmagadora maioria das Micro e Pequenas Empresas labora para o mercado interno nacional. Trata-se das seguintes medidas: i) Reposição dos salários da Administração Pública; ii) Aumento extraordinário das reformas; iii) Eliminação dos cortes do subsídio de desemprego; iv) Apoio aos empregados de longa duração; v) Valorização do abono de família; vi) Desagravamento fiscal, em sede de IRS, para os rendimentos mais baixos e intermédios. Estas medidas permitirão que durante o ano de 2018 mais 2,5 mil milhões de euros entrarão no bolso dos portugueses.  
5. Refira-se também a publicação do Regime Simplicado de IRS, que se tornou menos grave com o alrgamento do plafon máximo de isenção para 27 mil euros, alterando o inicialmente proposto, mas que não deixa de trazer mais burocracia e maior encargo administrativo aos Micro Empresário.
Por último, a CPPME reafirma a sua determinação de continuar a reclamar, junto da Assembleia da República e do Governo, pela aprovação e implementação das “18 Medidas para uma Economia Sustentável  e Dinâmica” que, nos meses de Outubro e Novembro, apresentou a todos os Grupos Parlamentares (em sede da Assembleia da República).

Seixal, 13 de Dezembro de 2018 

A Assembleia-Geral da CPPME




Desta posição da CPPME foi dado conhecimento:

- Aos Órgãos de Comunicação Social - A sua Excelência o Senhor Presidente da República - A todos os Grupos Parlamentares - Ao Governo 

domingo, 3 de dezembro de 2017

ORÇAMENTO DE ESTADO 2018 - Colóquio/Debate promovido pelas CPPME, APERSA E ACISBM

ORÇAMENTO DE ESTADO 2018: Consequências nas Empresas!

Na passada quinta-feira, dia 30 de Novembro de 2017, pelas 15H00, no Auditório do NNIES, em Setúbal, por iniciativa da CPPME, APERSA E ACISBM realizou-se um Colóquio/Debate sobre o OE/2018, seguido de debate.

A iniciativa contou com o apoio e patrocínio da Câmara Municipal de Setúbal, tendo nela participado a Vereadora Eugénia Silveira, responsável pela Divisão de Actividades Económicas e Serviços Urbanos (DIAES).

Coube ao orador convidado, Dr. José Lourenço, Economista, a intervenção de fundo, a qual teve a seguinte estrutura:
  • A importância das Micro e Pequenas e Médias Empresas (MPME) na Economia Nacional
  • Que consequências sobre as Micro e Pequenas e Médias Empresas (MPME) poderá ter o OE 2018, agora aprovado?
  1. No Ambiente Económico e Social
  2. Na Fiscalidade
  3. Nos Custos fixos e de Contexto
  4. No Crédito Bancário
  5. Nos Fundos Comunitários
  6. No Investimento Público e Privado
  7. O evento teve como Moderador o Dr. Afonso Luz, Economista e Vice-Presidente da CPPME.
Usaram ainda da palavra: o Presidente da APERSA, José Ligeiro, empresário do ramo da Restauração, Bebidas e Similares; e o Presidente da ACISBM, Rogério Pinheiro, empresário na área dos cabeleireiros e salões de beleza.

Ver vídeo abaixo e aqui versão integral da apresentação

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017