Nesta página foi dada notícia de ter a Direção da CPPME solicitado audiência a todos os
Grupos
Parlamentares com assento na Assembleia da República com o objetivo de apresentar e discutir 18 propostas para o OE de 2018, audiências que estão em curso e para as quais mantemos expetativas de algumas das propostas virem a ser contempladas.
Na introdução do documento, também ele aqui divulgado, podia ler-se:
O Executivo da CPPME, tendo em conta a insuficiência das medidas constantes do OE para 2017, face à grave situação das micro pequenas e médias empresas, a resvalarem perigosa e crescentemente para a insolvência, concluiu ser urgente reclamar medidas legislativas que contrariem o penoso quotidiano deste importantíssimo segmento da economia Portuguesa.
A perceção da gravidade da situação das MPM define um quadro, que a não se alterar, configura, também, um conjunto de barreiras à criação de novos negócios e, assim, ao processo empreendedor.
A CPPME Oeiras tem vindo a dar atenção ao tema e propõe-se desenvolvê-lo através da divulgação de um conjunto de textos de que este é o primeiro:
“Avaliação do impacto
das barreiras económico-financeiras no processo empreendedor”
Este trabalho, distinguido pela organização
do CIEM com o terceiro prémio tem como autores
António Oliveira e Orlando Lima
Rua, docentes do Instituto Superior de Contabilidade de Administração do Porto (ISCAP).
Resumo:
O objetivo fundamental deste estudo é avaliar o impacto
das barreiras económico-financeiras que se interpõem no processo
que decorre entre a intenção e a ação empreendedora e que
condicionam a criação de novas organizações.
Procedeu-se assim a uma análise empírica fundamentada numa
metodologia de investigação quantitativa, com uma amostra de
569 potenciais empreendedores de base de dados da Associação
Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
Os resultados permitem concluir que 69.0% dos inquiridos não
criaram qualquer tipo de organização e destes 85.2% alegaram as
barreiras económico-financeiras como condicionantes para o
efeito. Conclui-se que estas barreiras têm impacto,
estatisticamente significativo, em função do maior ou menor
envolvimento do indivíduo no processo, da maior ou menor
facilidade no acesso a apoios bancários, no tempo necessário para
criar a organização, na forma como a financia e, finalmente, da
maior ou menor disponibilidade pessoal de recursos financeiros.