Intervenção de Jorge Pisco
«Começo por agradecer à Associação Nacional de Esteticismo Profissional – ANEP, o convite endereçado à Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas – CPPME, para participar na Sessão de Abertura, permitindo deste modo trazer uma saudação calorosa a todos os profissionais participantes no Congresso Internacional de Esteticismo Profissional.
Os
 temas em análise neste Congresso poem em destaque a importância que os 
cuidados estéticos têm na actualidade, fazendo parte do bem-estar social
 e individual, norteados pelos princípios da excelência e elevada 
qualidade.
Nos dias de hoje é de grande importância o papel desenvolvido pela ANEP enquanto Associação
 representativa do sector na defesa dos seus associados junto dos orgãos
 de soberania e do Estado, visando sempre dignificar o esteticismo 
profissional.
Nesse
 sentido é, com muito agrado, que vos posso dizer termos enorme prazer 
de contar entre os nossos associados, com a ANEP – Associação Nacional 
de Esteticismo Profissional.
Muitos
 dos presente provavelmente não saberão que a CPPME é uma Confederação 
Empresarial Portuguesa, que de há 31 anos a esta parte, vem 
Desenvolvendo
 em Portugal um intenso trabalho institucional e reivindicativo, de 
formação e de apoio aos Micro, Pequenos e Médios Empresários.
Nos
 últimos anos, e particularmente nestes mais próximos, as empresas 
portuguesas, exceptuando grandes empresas, em situação de monopólio, 
sofreram impactos profundos, que as desgastaram económica e 
financeiramente, conduzindo em muitos casos ao seu encerramento, tenha 
ele tido lugar ou não no quadro de declaração de falência.
As
 causas dominantes desta erosão foram a enorme queda do poder de compra 
das famílias, o brutal acréscimo do custo de diversos factores de 
produção, a subida brutal da carga fiscal e da arbitrariedade da 
Autoridade Tributária e Aduaneira, o aperto no acesso ao crédito 
(comissões, garantias, juros e spreads) pelo sector bancário e a 
continuação da predação das empresas e sectores produtivos pelos grandes
 grupos económicos, nomeadamente da grande distribuição.
Um
 país com a economia frágil não pode ter carga fiscal pesada. O actual 
quadro fiscal não proporciona sustentabilidade às empresas, não fomenta a
 competitividade para o desenvolvimento nem crescimento económico e 
social.
Com
 a desregulamentação das profissões ligadas ao cuidado da beleza o 
mercado tem assistido a um proliferar de casos que têm preocupado a 
ANEP, a qual nos tem feito chegar a suas apreensões face aos sucessivos 
atropelos que se verificam às regras básicas de funcionamento do sector.
Nesse sentido aguardamos resposta a um pedido de audiência formulado ao Sr. Secretário de Estado do Trabalho com o objetivo de tratar
 de diversas matérias consideradas de extrema importância para a 
Actividade de muitos milhares de Micro, Pequenos e Médios Empresários 
entre as quais incluímos a Regulamentação de Carreira e Profissão .
A
 CPPME – Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas, no quadro 
do actual contexto político-económico, visando a saída da crise, clama 
uma alteração das políticas fiscais que promova as actividades das MPME 
do mercado interno, potenciando a diminuição das importações e o incremento das condições para as exportações.
A
 criação de dinâmicas de empreendedorismo, aumento de produtividade e 
competitividade para as MPME passa por uma política fiscal assente num 
efetivo regime geral simplificado, com diferenciação para as diversas 
actividades tendo por base coeficientes técnico-científicos e 
discriminação positiva, em particular para as actividades dos sectores 
primário e secundário.
É
 com estes objectivos que a Confederação desenvolve o seu trabalho em 
defesa dos Micro e Pequenos Empresários. A CPPME defende a aprovação de 
um Plano Estratégico Nacional que garanta o investimento produtivo e 
dinamize o mercado interno nacional, nesse sentido temos apresentado, à 
Assembleia da República e ao Governo, propostas alternativas que 
dinamizem a economia e o mercado interno nacional. 
Para
 o Orçamento de Estado de 2017, temos estado a ser recebidos pelos 
diversos Grupos Parlamentares na Assembleia da República onde temos 
entregue um conjunto de 30 Propostas de desagravamento fiscal para 
reduzir os encargos dos Micro Pequenos e Médios Empresários.
Referirei
 apenas a título de exemplo, algumas medidas que a serem implementadas, 
dariam já um enorme contributo para a melhoria das condições dos Micro 
Empresários.
- Extinção do Pagamento Especial por Conta (PEC);
 - Alteração ao critério de apuramento tributário em sede de IRC/RS que penaliza os microempresários aderentes sempre que o salário mínimo aumenta, bem como o alargamento do tecto de adesão a este regime para 300.000€ de Volume Anual de Negócios (VAN);
 - Criação de conta-corrente entre o Estado e as Empresas que compense os créditos entre estes em matéria de pagamentos tributários;
 
- Redução do IVA do gás e eletricidade para a taxa existente em 2011 (6%) para todas as atividades económicas e, diminuição da taxa do ISPP;
 - Alteração ao chamado IVA de Caixa, ou seja, a entrega de facto deste após a boa cobrança, sem obrigação da entrega no final do ano quando não recebido;
 - Redução progressiva da taxa geral do IVA para 18%, igualando em dois anos o tecto de 21% praticado pela confinante Espanha;
 - Reposição total do IVA da restauração na taxa intermédia de 13%;
 - Reposição da taxa de 12,5% de IRC para as empresas com matéria colectável até 12.500,00€;
 - Reposição das taxas mais baixas de IRC nas regiões do interior;
 - Criação de incentivo fiscal em aquisição/renovação de equipamentos modernos adaptados às necessidades de inovação na actividade;
 - Redução de IMT nos imóveis não habitacionais adquiridos por MPME para uso próprio, num intervalo máximo de 0% a 2%, em vez da taxa de 6,5% em vigor;
 - Isenção de IMI por quatro anos na aquisição de imobiliário não habitacional para funcionamento próprio
 
Acreditamos que um dia o poder político dará ouvidos à CPPME.
Não me quero alongar mais, pois é vasto o Programa, em que áreas dos serviços pessoais, da saúde e bem-estar são o cerne deste Congresso.
Termino
 expressando a convicção de que este Congresso, será um importante 
contributo para o desenvolvimento da Vossa actividade Profissional 
Muito Obrigado»



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