IMPOSTO DE SELO SOBRE 
COMISSÕES COBRADAS
A
 operadora de pagamentos Unicre está a cobrar aos comerciantes uma nova 
taxa sobre as transações feitas com cartões, uma situação que as micro, 
pequenas e médias empresas contestam.
A
 Unicre enviou uma carta aos seus clientes em que argumenta a decisão 
com a "alteração à redação da verba 17.3.4 da Tabela Geral do Imposto do
 Selo", que entrou em vigor com o Orçamento do Estado para 2016, 
considerando que com esta alteração "as taxas relativas a operações 
baseadas em cartões passam a ser sujeitas a Imposto do Selo".
Quando
 um cliente paga com cartão uma compra de 25 euros, o comerciante paga 
uma comissão de 1% (0,25 euros) pelo processamento do pagamento. A isto 
soma-se agora o Imposto de Selo à taxa de 4% (que incide sobre o valor 
monetário da comissão, ou seja, 0,01 euros), sendo o custo total para o 
comerciante de 0,26 euros. Repercutindo-se inevitavelmente na margem de 
lucro de cada empresa.
Estima-se
 que este imposto sobre as comissões relativas a pagamentos com cartões 
possa representar um encargo adicional de 3,6 milhões de euros e que 
recai, fundamentalmente, nas micro e pequenas empresas do comércio, 
restauração e serviços que, todos os dias, são fustigadas, por inúmeras 
taxas e impostos.
A
 CPPME discorda de mais este encargo e propõe que o mesmo recaia sobre a
 Unicre,porque as empresas já pagam uma comissão à operadora para terem 
esse meio de pagamento disponível.  A Unicre já hoje encaixa cerca de 85 milhões de euros em comissões.
Assim, a
 CPPME reclama que a Lei n.º 7-A/2016, de 30 de Março, que aprova o 
Orçamento de Estado para 2016, seja corrigida neste ponto, o mais rápido
 possível, pelo Governo e pela Assembleia da República.
Seixal, 8 de Fevereiro de 2017
O Executivo da Direcção da CPPME
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